sexta-feira, 16 de maio de 2014

Trincas e Fissuras em Estrutura de Concreto Armado

Grupo:

Bruna Boranga
Letícia Martins
Guilherme Yuji
Raquel Prestes
Silviane Caroline
Thereza Raquel S.


TRINCAS E FISSURAS EM ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO

As trincas e fissuras são fenômenos próprios e inevitáveis do concreto armado e que podem se manifestar em cada uma das três fases de sua vida:


Fase Plástica
Fase de Endurecimento
Fase de Concreto endurecido


Na fase plástica podem surgir trincas em virtude da retração plástica e do assentamento plástico; na fase de endurecimento, em virtude de restrições à precoce movimentação térmica , à precoce retratação do endurecimento e ao assentamento diferencial dos apoios; na fase de concreto endurecido , as principais causas do aparecimento das trincas e fissuras são o subdimensionamento, o detalhamento inadequado, as cargas excessivas, o ataque de sulfatos ao cimento do concreto, a corrosão das armaduras devida ao ataque de cloretos, a carbonação e a reação álcali – agregado.

Assentamento Plástico e movimentação de fôrmas:


São erros na forma de escorar as estruturas,retirar escoramento em ordem incorreta que provocam fissuras ou o próprio adensamento do concreto decorrente de excessiva exsudação no estado plástico.

Retratação:


O principal mecanismo de retratação é a perda de água por evaporação em estado fresco ou endurecido. Água em excesso é normalmente adicionada à massa de concreto para lhe conferir trabalhabilidade. Essa água não é consumida na reação de hidratação do cimento. Ao evaporar – se deve vencer as forças capilares gerando assim forças de contração na massa. A restrição do encurtamento é por uma série de fatores como por exemplo, o atrito com a base, retratação diferencial e rigidez da estrutura. Provocam tensões de tração que levam ao aparecimento ou aumento da abertura de fissuras.

Fatores das Fissuras:



> Movimento Estrutural
A estrutura do prédio é flexível para conseguir lidar com o vento,sons e obras vizinhas. Porem, muito movimento externo pode gerar fissuras.

> Obras na unidade
Reformas que ocasionem um excesso de carga num andar ou alterações estruturais como retirada de paredes ou pilastras podem causar desabamentos. Ex: Construção de uma parede não prevista pelo projeto original. A laje transfere o peso para os pilares, que podem sofrer avarias.

> Acomodação da obra no terreno
É uma das origens mais comuns em novas edificações. Há um esforço por parte da fundação do prédio, que acaba sendo um pouco transferido para alvenaria, gerando assim as fissuras.

> Retratação das argamassas
Devido à dosagens inadequada da argamassa ou concreto, ausência de cura principalmente na ocorrência de vento e calor excessivo, emprego de areia inadequada ou contaminada, tempo insuficiente de hidratação da cal eventualmente utilizada.

> Má aderência do revestimento à estrutura
> Falta de juntas de dilatação de movimentação que absorvam a deformabilidade da estrutura
> Recalques de fundação


Danos:
Permitem a passagem de água que alem de provocar manchas,eflorescências, bolhas e saponificação da pintura, possibilitam também a proliferação de bolores e outros fungos, provocadores de doenças alérgicos respiratórios. No caso mais grave propicia um processo de corrosão das armaduras que se não forem tratadas adequadamente chegam a comprometer a estabilidade das edificações.

Para cada tipo de fissura existe uma causa, por isso é difícil tratar de um único modo todos os tipos de fissuras.

 

É preciso uma análise prévia para definir a causa e o tipo da fissura. Após esta etapa pode -se escolher o tipo de tratamento adequado. Para analisar uma fissura é preciso classificá-las quanto à abertura,geometria e movimentação.

NBR 9575/03 de impermeabilização







Fissuras em argamassa de Revestimento









Movimentação de Estruturas causando fissuras e trincas estruturais











A retratação plástica não implica em danos sérios ao concreto,porem a aparência é muito comprometida alem disso, fissuras mais profundas podem trazer problemas sérios com infiltração de água.  


TRINCAS ATIVAS:

As Trincas Ativas são aquelas cuja dimensão varia ao longo do tempo como as trincas devido à dilatação térmica da estrutura. Muitas vezes, essas trincas ocorrem por esquecimento do projetista de inserir a Junta de Dilatação.

No tratamento das trincas ativas, cujas causas não possam ser eliminadas, tornando-as passivas, os procedimentos são os seguintes: 

> Medir, através de monitoramento, a amplitude da movimentação da trinca;
> Definir se é é necessário tratar a trinca ativa como junta móvel;
> Selecionar um selante plástico e o comprimento que a junta móvel a ser criada deve ter para  absorver a movimentação da trinca ativa;
> Com um cinzel alargar a trinca ativa para o comprimento calculado da junta móvel;
> Limpar e secar a trinca alargada com jateamentos de água e ar;
> Encher cuidadosamente a abertura com selante plástico.


TRINCAS ESPECIAIS: 

Os elementos estruturais cujas trincas no concreto tenham origem em corrosão de  armaduras, reação sílica – agregado ou excesso de cloretos na composição do cimento, devem ser objeto de estudo especial:

> Nas trincas com origem em corrosão de armaduras, há necessidades de remoção de concreto e todo o tratamento dado à corrosão de armaduras;
> Nas trincas com origem na reação sílica agregado ou no excesso de cloreto no cimento, há necessidades de monitoramento e tratamento com impregnações no concreto.


TRINCAS PASSIVAS:

São aquelas que não apresentam variação de suas dimensões ao longo do tempo. São casos, por exemplo, de trincas causadas por recalques nas estruturas e nas fundações.

Nas trincas passivas, que não as de tipo especial, os procedimentos convencionais obedecem às seguintes 
etapas: 

> Adquirir os produtos recomendados no projeto e selecionar operador ou empresa com reconhecida experiência em trabalhos semelhantes; 
> Limpar a trinca de todos os contaminantes tais como óleos, graxas e qualquer tipo de partícula, preferencialmente com jato de água; 
> Secar a trinca com jato de ar; 
> Selar as superfícies da trinca para impedir o epóxi de vazar quando de sua injeção; 
> Fazer furos ao longo da trinca, espaçados de dez a trinta centímetros e ligeiramente  mais profundos que a trinca; 
> Introduzir tubos plásticos nos furos, com pontas salientes de 10 cm e fixados no selante; 
> Injetar o epóxi em um tubo de cada vez, começando pelo inferior se a trinca for vertical e por uma das extremidades, se a trinca for horizontal; nesta fase, todos os outros tubos estarão com a extremidade externa obturada; 
> Terminada a injeção de todos os tubos, cortar as pontas salientes e limpar a superfície tratada, lixando o material  excedente com lixadeiras elétricas. 



Fontes: 
www.sindiconet.com.br
www.vedacit.com.br
www.ipr.dnit.gov.br/normas




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