Evelyn Barbosa
Juliana Lobo
Maria Carolina
Fissura de Retração Plástica
Causa: Ocorrem nos
primeiros minutos após a concretagem e são típicas de dias quentes e
concretagens próximas do meio dia. Surgem antes mesmo que haja a possibilidade
de iniciar a cura. Se o volume de água perdido por evaporação for maior que o
volume de água que exsudou, vão surgir fissuras de pequena profundidade.
Consequência: Elas
costumam ser contínuas e paralelas, separadas entre si de 30 centímetros a um
metro.
A fissuração por
retração é capaz de danificar os materiais e componentes, prejudicando seu
comportamento em uso e levando a danos significativos nos edifícios. Observa-se
que a incidência da UR e da T podem levar a danos de descolamento nos
revestimentos, os quais podem assumir extensões muito grandes nas fachadas.
Diagnóstico: São pequenas,
estreitas, normalmente menores que um milímetro, aproximadamente paralelas e
normalmente perpendiculares à direção do vento. Evaporação da água do concreto
logo após o lançamento do concreto.
Após o
lançamento do concreto e após a vibração, as pedras e a areia, com densidade γ
= 2,65 tendem a descer dentro da pasta de cimento, com densidade γ = 1,85. É o
chamado auto-adensamento dos sólidos. Uma parte da água, límpida, com densidade
γ = 1.0, sobe, e aflora na superfície da laje.
A água que está
reagindo com o cimento não sobe. A água, que aflora na superfície do concreto,
evapora. O concreto tem seu volume reduzido na superfície, e fissura.
Tratamento de reparo: A prevenção pode ser feita com a molhagem prévia das fôrmas e dos
agregados, com o início da cura úmida logo após o acabamento da peça, uso de
quebra-ventos ou outros procedimentos que reduzam a evaporação superficial.
Sabe-se que o
fenômeno da fissuração por retração plástica é drasticamente influenciado pela
exposição da superfície do concreto às intempéries como o vento, a baixa
umidade relativa do ar e o aumento da temperatura ambiente.
Solução 1:
• Usar água fria
na mistura. Se necessário, usar gelo misturado na água para obter uma
temperatura
Do concreto T< 20ºC.
• Proteger os
agregados da incidência do sol.
• Em épocas
muito quentes, concretar à noite, pois a temperatura estará mais baixa.
• Não concretar
com vento forte.
• Cobrir o
concreto com esteiras encharcadas com água, logo após a concretagem.
• Para facilitar
a avaliação de todos os fatores que influenciam o surgimento de fissuras
durante a concretagem, pode-se usar o gráfico da ACI 305R-91 – Hot Weather
Concreting, elaborado com base nos
ensaios de Lerch William - ACI Journal 1957.
• Ver o gráfico
na página 4 adiante.
Solução 2:
• Usar fibras de
polipropileno misturadas no concreto.
• Com 0,50 kg de fibras / m3 de
concreto, ficam eliminadas as fissuras da retração plástica.
As aberturas “w” de eventuais fissuras ficam
reduzidas a w < 0,05mm. Ver ensaios, Nippon [140] e Unicamp [141].
• Evitar o uso
de mais que 2,0 kg
de fibras / m3 de concreto, pois a trabalhabilidade do concreto fica muito
reduzida. Unicamp [141].
Trincas causadas
por dilatação
Causa: Os materiais aumentam e diminuem de
tamanho em função da variação da temperatura do meio ambiente.
Os raios
solares incidindo diretamente sobre a laje de cobertura, produzem muito calor,
fazendo com que a laje atinja temperaturas altas. O concreto não é um bom condutor de calor, de
modo que a parte de baixo da laje não esquenta tanto. Essa diferença de
temperatura flete a laje, fazendo com que ela fique ligeiramente abaulada para
cima.
Consequência: Como a laje está solidamente
engastada nas paredes, ao dilatar, ela leva junto parte da parede. Então surgem
trincas inclinadas nos cantos das paredes.
Diagnóstico:
Todos os materiais
empregados nas construções estão sujeitos a dilatações com o aumento de
temperatura, e as contrações com a sua diminuição. A intensidade desta variação
dimensional, para uma dada variação de temperatura, varia de material para
material. Para quantificarem-se as movimentações sofridas por um componente,
além de suas propriedades 19 físicas, deve se conhecer o ciclo de temperatura a
que está sujeito e determinar também a velocidade de ocorrência das mudanças
térmicas, como no caso de alguns selantes que possuem pouca capacidade de
acomodação a movimentos bruscos.
Tratamento de reparo: o ideal e o mais barato é que seja feita a prevenção, ainda na
etapa de obra e que devem ser tomados alguns cuidados para amenizar efeito
térmico sobre a laje de cobertura.
·
Executar o isolamento térmico eficaz
sobre a laje de cobertura
·
Elevar ao máximo possível o caimento do
telhado, distanciando este da laje
·
Executar ventilação cruzado sob o
telhado, com entrada de ar frio junto a saída de ar quente junto a cumeeira.
·
Pintar, se possível, o telhado com cor
clara, preferencialmente branco, para efeito de reflexão dos raios solares
Bibliografia
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