quarta-feira, 21 de maio de 2014

TRINCAS E FISSURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

GRUPO
Evelyn Barbosa
Juliana Lobo
Maria Carolina

 Fissura de Retração Plástica

Causa: Ocorrem nos primeiros minutos após a concretagem e são típicas de dias quentes e concretagens próximas do meio dia. Surgem antes mesmo que haja a possibilidade de iniciar a cura. Se o volume de água perdido por evaporação for maior que o volume de água que exsudou, vão surgir fissuras de pequena profundidade.

Consequência: Elas costumam ser contínuas e paralelas, separadas entre si de 30 centímetros a um metro.
A fissuração por retração é capaz de danificar os materiais e componentes, prejudicando seu comportamento em uso e levando a danos significativos nos edifícios. Observa-se que a incidência da UR e da T podem levar a danos de descolamento nos revestimentos, os quais podem assumir extensões muito grandes nas fachadas.

Diagnóstico: São pequenas, estreitas, normalmente menores que um milímetro, aproximadamente paralelas e normalmente perpendiculares à direção do vento. Evaporação da água do concreto logo após o lançamento do concreto.
Após o lançamento do concreto e após a vibração, as pedras e a areia, com densidade γ = 2,65 tendem a descer dentro da pasta de cimento, com densidade γ = 1,85. É o chamado auto-adensamento dos sólidos. Uma parte da água, límpida, com densidade γ = 1.0, sobe, e aflora na superfície da laje.
A água que está reagindo com o cimento não sobe. A água, que aflora na superfície do concreto, evapora. O concreto tem seu volume reduzido na superfície, e fissura.

Tratamento de reparo: A prevenção pode ser feita com a molhagem prévia das fôrmas e dos agregados, com o início da cura úmida logo após o acabamento da peça, uso de quebra-ventos ou outros procedimentos que reduzam a evaporação superficial.
Sabe-se que o fenômeno da fissuração por retração plástica é drasticamente influenciado pela exposição da superfície do concreto às intempéries como o vento, a baixa umidade relativa do ar e o aumento da temperatura ambiente.

Solução 1:
• Usar água fria na mistura. Se necessário, usar gelo misturado na água para obter uma temperatura
 Do concreto T< 20ºC.
• Proteger os agregados da incidência do sol.
• Em épocas muito quentes, concretar à noite, pois a temperatura estará mais baixa.
• Não concretar com vento forte.
• Cobrir o concreto com esteiras encharcadas com água, logo após a concretagem.
• Para facilitar a avaliação de todos os fatores que influenciam o surgimento de fissuras durante a concretagem, pode-se usar o gráfico da ACI 305R-91 – Hot Weather Concreting, elaborado com  base nos ensaios de Lerch William - ACI Journal 1957.
• Ver o gráfico na página 4 adiante.

Solução 2:
• Usar fibras de polipropileno misturadas no concreto.
• Com 0,50 kg de fibras / m3 de concreto, ficam eliminadas as fissuras da retração plástica.
 As aberturas “w” de eventuais fissuras ficam reduzidas a w < 0,05mm. Ver ensaios, Nippon [140] e Unicamp [141].
• Evitar o uso de mais que 2,0 kg de fibras / m3 de concreto, pois a trabalhabilidade do concreto fica muito reduzida. Unicamp [141].




Trincas causadas por dilatação 

Causa: Os materiais aumentam e diminuem de tamanho em função da variação da temperatura do meio ambiente.
Os raios solares incidindo diretamente sobre a laje de cobertura, produzem muito calor, fazendo com que a laje atinja temperaturas altas.  O concreto não é um bom condutor de calor, de modo que a parte de baixo da laje não esquenta tanto. Essa diferença de temperatura flete a laje, fazendo com que ela fique ligeiramente abaulada para cima.
 Consequência: Como a laje está solidamente engastada nas paredes, ao dilatar, ela leva junto parte da parede. Então surgem trincas inclinadas nos cantos das paredes.
Diagnóstico: Todos os materiais empregados nas construções estão sujeitos a dilatações com o aumento de temperatura, e as contrações com a sua diminuição. A intensidade desta variação dimensional, para uma dada variação de temperatura, varia de material para material. Para quantificarem-se as movimentações sofridas por um componente, além de suas propriedades 19 físicas, deve se conhecer o ciclo de temperatura a que está sujeito e determinar também a velocidade de ocorrência das mudanças térmicas, como no caso de alguns selantes que possuem pouca capacidade de acomodação a movimentos bruscos.
Tratamento de reparo: o ideal e o mais barato é que seja feita a prevenção, ainda na etapa de obra e que devem ser tomados alguns cuidados para amenizar efeito térmico sobre a laje de cobertura.
·         Executar o isolamento térmico eficaz sobre a laje de cobertura
·         Elevar ao máximo possível o caimento do telhado, distanciando este da laje
·         Executar ventilação cruzado sob o telhado, com entrada de ar frio junto a saída de ar quente junto a cumeeira.
·         Pintar, se possível, o telhado com cor clara, preferencialmente branco, para efeito de reflexão dos raios solares

Bibliografia










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