Grupo: Beatriz Janini, Daniella Briante, Marluce Marques, Priscila Rüthschilling e Wagner Oliveira
Por mais que as
fissuras façam parte da natureza do concreto elas não podem ser ignoradas, pois
através delas se constituem veículo condutor de vários agentes agressivos ao
concreto.
RETRAÇÃO TÉRMICA:
A retração
térmica acontece através do calor liberado na reação de hidratação, o concreto
se expande com aquecimento e se contrai no resfriamento. Na massa de
concreto ocorre uma elevação de
temperatura na hidratação
do cimento, e em seguida um
arrefecimento para que haja o equilíbrio
com a temperatura externa.
As consequências
mais comuns na edificação quando se fala em retração são o aparecimento de
fissuras e trincas.
RETRAÇÃO POR SECAGEM OU RETRAÇÃO HIDRÁULICA:
A
retração por secagem, ou retração hidráulica, é a redução de
volume causada pela diminuição de umidade. Mesmo no estado
endurecido, o concreto continua a perder água para o ambiente, assim contraindo-se (e quando há o ganho de umidade, expande-se). O efeito da variação de volume nas
estruturas de concreto não seria prejudicial se houvesse liberdade de sua
movimentação, entretanto, isso não acontece devido ao engaste na fundação, à
existência de armadura e a outros fatores que impedem a mobilidade das peças da
estrutura. Esse impedimento à movimentação induz ao aparecimento de tensões de
tração que podem romper o concreto, causando o aparecimento de fissuras. Quanto
maior for o consumo de cimento adicionado à mistura, relação água-cimento e
finura dos agregados, maior será a retração. Geralmente, a configuração dessas
fissuras é linear com direções variadas, dependendo de diversos fatores.
A retração do
concreto deve ser minimizada para que seus malefícios também sejam. Como não
temos condições de controlar as condições climáticas, devemos saber trabalhar
adequadamente outros fatores que favorecem a retração do concreto tais como a
geometria da peça (espaçamento das juntas, por exemplo) e o traço do concreto.
Além disso, pode-se adotar práticas executivas como proceder a cura do concreto
e alterar o horário das concretagens para períodos de menor temperatura, sol e
vento. Medidas como o borrifamento de neblina de água, a aplicação de agentes
redutores de evaporação, a adição de fibras sintéticas e o emprego de armadura
de combate a retração, combinadas ou utilizadas isoladamente, são benéficas
para a redução da fissuração por retração e/ou empenamento das bordas.
DIAGNÓSTICO:
O
diagnostico e a diferenciação de fissuras se dão através da posição da fissura em
relação à peça estrutural, à abertura, à direção, e à sua forma de evolução (com
relação à direção e à abertura).
As fissuras de
retração térmica são detectadas na
fase de endurecimento, em virtude de restrições à precoce movimentação térmica,
à precoce retração do endurecimento e ao assentamento diferencial dos apoios
além de cura ineficiente; proteção térmica insuficiente; excesso de calor de
hidratação; excesso de água de amassamento.
As fissuras de retração hidráulica são
detectada durante o estado plástico e
pode ser causada pela secagem prematura
do concreto (cura inadequada); contração térmica por gradientes de temperatura.
Para tratamento
das fissuras é necessário saber se elas são trincas ativas, cujas causas não possam ser eliminadas, tornando-as passivas, cujos procedimentos de tratamento são os seguintes:
- Medir, através de monitoramento, a amplitude da movimentação da trinca;
- Definir se é necessário tratar a trinca ativa como junta móvel;
- Selecionar um selante plástico e o comprimento que a junta móvel ser criada deve ter para absorver a movimentação da trinca ativa;
- Com um cinzel, alargar a trinca ativa para o comprimento calculado da junta móvel;
- Limpar e secar a trinca alargada com jateamentos de água e ar;
- Encher cuidadosamente a abertura com o selante plástico.
Trincas especiais, cujas
trincas no concreto tenham origem em corrosão
de armaduras, reação sílica- agregado ou excesso de cloretos na composição do cimento, devem ser
objeto de estudo especial.
Nas trincas
com origem em corrosão de armaduras, há necessidade de remoção de concreto e
todo o tratamento dado à corrosão de armaduras; Nas trincas
com origem na reação sílica- agregado ou no excesso de cloreto no cimento, há
necessidade de monitoramento e tratamento com impregnações no concreto; Ou
ainda nas trincas passivas que não
as de tipo especial, os procedimentos convencionais obedecem às seguintes
etapas:
- Adquirir os produtos recomendados no projeto e selecionar operador ou empresa com reconhecida experiência em trabalhos semelhantes;
- Limpar a trinca de todos os contaminantes tais como óleos, graxas e qualquer tipo de partícula, preferencialmente com jato de água;
- Secar a trinca com jato de ar;
- Selar as superfícies da trinca para impedir o epóxi de vazar quando de sua injeção;
- Fazer furos ao longo da trinca, espaçados de dez a trinta centímetros e ligeiramente mais profundos que a trinca;
- Introduzir tubos plásticos nos furos, com pontas salientes de 10 cm e fixados no selante;
- Injetar o epóxi em um tubo de cada vez, começando pelo inferior se a trinca for vertical e por uma das extremidades, se a trinca for horizontal; nesta fase, todos os outros tubos estarão com a extremidade externa obturada;
- Terminada a injeção de todos os tubos, cortar as pontas salientes e limpar a superfície tratada, lixando o material excedente com lixadeiras elétricas.
Uma técnica
muito conhecida também é a injeção que garante o perfeito enchimento do espaço
formado entre as bordas de uma fenda tanto para o restabelecimento do
monolitismo da estrutura com fedas passivas quanto para fendas ativas.
Referências:
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