quinta-feira, 22 de maio de 2014

TRINCAS E FISSURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

Grupo: Beatriz Janini, Daniella Briante, Marluce Marques, Priscila Rüthschilling e Wagner Oliveira

    Por mais que as fissuras façam parte da natureza do concreto elas não podem ser ignoradas, pois através delas se constituem veículo condutor de vários agentes agressivos ao concreto.

RETRAÇÃO TÉRMICA:

    A retração térmica acontece através do calor liberado na reação de hidratação, o concreto se expande com aquecimento e se contrai no resfriamento. Na massa de concreto ocorre uma elevação  de  temperatura  na  hidratação  do  cimento, e em seguida um arrefecimento para  que haja o equilíbrio com a temperatura externa. 
    As consequências mais comuns na edificação quando se fala em retração são o aparecimento de fissuras e trincas.




RETRAÇÃO POR SECAGEM OU RETRAÇÃO HIDRÁULICA:

    A retração por secagem, ou retração hidráulica, é a redução de volume causada pela diminuição de umidade. Mesmo no estado endurecido, o concreto continua a perder água para o ambiente, assim contraindo-se (e quando há o ganho de umidade, expande-se). O efeito da variação de volume nas estruturas de concreto não seria prejudicial se houvesse liberdade de sua movimentação, entretanto, isso não acontece devido ao engaste na fundação, à existência de armadura e a outros fatores que impedem a mobilidade das peças da estrutura. Esse impedimento à movimentação induz ao aparecimento de tensões de tração que podem romper o concreto, causando o aparecimento de fissuras. Quanto maior for o consumo de cimento adicionado à mistura, relação água-cimento e finura dos agregados, maior será a retração. Geralmente, a configuração dessas fissuras é linear com direções variadas, dependendo de diversos fatores.
    A retração do concreto deve ser minimizada para que seus malefícios também sejam. Como não temos condições de controlar as condições climáticas, devemos saber trabalhar adequadamente outros fatores que favorecem a retração do concreto tais como a geometria da peça (espaçamento das juntas, por exemplo) e o traço do concreto. Além disso, pode-se adotar práticas executivas como proceder a cura do concreto e alterar o horário das concretagens para períodos de menor temperatura, sol e vento. Medidas como o borrifamento de neblina de água, a aplicação de agentes redutores de evaporação, a adição de fibras sintéticas e o emprego de armadura de combate a retração, combinadas ou utilizadas isoladamente, são benéficas para a redução da fissuração por retração e/ou empenamento das bordas.





DIAGNÓSTICO: 

    O diagnostico e a diferenciação de fissuras se dão através da posição da fissura em relação à peça estrutural, à abertura, à direção, e à sua forma de evolução (com relação à direção e à abertura).
    As fissuras de retração térmica são detectadas na fase de endurecimento, em virtude de restrições à precoce movimentação térmica, à precoce retração do endurecimento e ao assentamento diferencial dos apoios além de cura ineficiente; proteção térmica insuficiente; excesso de calor de hidratação; excesso de água de amassamento.
    As fissuras de retração hidráulica são detectada  durante o estado plástico e pode ser causada pela  secagem prematura do concreto (cura inadequada); contração térmica por gradientes de temperatura.
    Para tratamento das fissuras é necessário saber se elas são trincas ativas, cujas causas não possam ser eliminadas, tornando-as passivas, cujos procedimentos de tratamento são os seguintes:
  1. Medir, através de monitoramento, a amplitude da movimentação da trinca;
  2. Definir se é necessário tratar a trinca ativa como junta móvel;
  3. Selecionar um selante plástico e o comprimento que a junta móvel ser criada deve ter para absorver a movimentação da trinca ativa;
  4. Com um cinzel, alargar a trinca ativa para o comprimento calculado da junta móvel;
  5. Limpar e secar a trinca alargada com jateamentos de água e ar;
  6. Encher cuidadosamente a abertura com o selante plástico.

    Trincas especiais, cujas trincas no concreto tenham origem em corrosão de armaduras, reação sílica- agregado ou excesso de cloretos na composição do cimento, devem ser objeto de estudo especial.
    Nas trincas com origem em corrosão de armaduras, há necessidade de remoção de concreto e todo o tratamento dado à corrosão de armaduras; Nas trincas com origem na reação sílica- agregado ou no excesso de cloreto no cimento, há necessidade de monitoramento e tratamento com impregnações no concreto; Ou ainda nas trincas passivas que não as de tipo especial, os procedimentos convencionais obedecem às seguintes etapas:
  1. Adquirir os produtos recomendados no projeto e selecionar operador ou empresa com reconhecida experiência em trabalhos semelhantes;
  2. Limpar a trinca de todos os contaminantes tais como óleos, graxas e qualquer tipo de partícula, preferencialmente com jato de água;
  3. Secar a trinca com jato de ar;
  4. Selar as superfícies da trinca para impedir o epóxi de vazar quando de sua injeção;
  5. Fazer furos ao longo da trinca, espaçados de dez a trinta centímetros e ligeiramente mais profundos que a trinca;
  6. Introduzir tubos plásticos nos furos, com pontas salientes de 10 cm e fixados no selante;
  7. Injetar o epóxi em um tubo de cada vez, começando pelo inferior se a trinca for vertical e por uma das extremidades, se a trinca for horizontal; nesta fase, todos os outros tubos estarão com a extremidade externa obturada;
  8. Terminada a injeção de todos os tubos, cortar as pontas salientes e limpar a superfície tratada, lixando o material excedente com lixadeiras elétricas.

    Uma técnica muito conhecida também é a injeção que garante o perfeito enchimento do espaço formado entre as bordas de uma fenda tanto para o restabelecimento do monolitismo da estrutura com fedas passivas quanto para fendas ativas.


Referências: 


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